Adorava ter nome basco e seria feliz se tivesse sido um guarda-redes amalucado do Athletic Bilbao. Podia ser Cadimaoxea. Adorava ter vivido os sessentas, festivais e mundiais e saboreado gritos de estética e viagens assombrosas com picos de invejável fantasia. El Loco te Patina el Coco representa o desvario da pessoa, regado de delírios, combinações explosivas e aromas tropicais. Vinnie Jones, uma outra brincadeira, quando um ídolo de campo decide lançar um documentário sobre as 1000 formas de partir a perna a um adversário. Foi uma receita de estilo e caráter num infame Club Garage. Sem travões.
Ama estar dentro do jornalismo para viver as suas paixões, sem falsas aparências, cansado dos idiotas da objetividade ou neutralidade. Adora exagerar ou iludir…e a música serve para isso mesmo…também para subverter, surpreender e matar a dança dos previsíveis, que só contentam com as ditas cenas do momento. Um trago de esperança para uma turbe de renegados e incorrigiveis excêntricos. Tudo se resume a sair da normalidade, gozar o estado e provocar o frenesim, revisitando as mais tropicais e calorosas atmosferas. Perdido de amores pelo Peru e pela Colômbia, pela Turquia e Irão, ou pela Nigéria e pelo Togo. Encantado pela Monica Vitti e Claudia Cardinale, de farra com o Best e Garrincha. Tomando copos com o John Belushi e com Hunter S. Thompson. Deboche sempre, a começar pela próxima hora. Música de todos os cantos do mundo com licença para jogar a bola, mas só por causa de uma trivela, um brinco perdido, uma bicicleta impossível. Ou por casa do golo do Gazza à Escócia. Mais um Bushmills, por favor! Ou por causa de Higuita…Dá-me, então, três shots de tequila para digerir este escorpião. Damelo Baby. Damelo